domingo, 3 de junho de 2012

O problema do ensino médio

A educação brasileira tem problemas em todos os níveis, da creche até o pós-doutoramento. Entretanto, é no ensino médio (1º ano ao 3º ano), que as estatísticas deprimem até os mais arraigados otimistas, como eu. Segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), nesta fase, apenas 11% dos estudantes aprendem o que deveriam em Matemática. A idade também interfere, já que, segundo dados do Movimento Todos pela Educação coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só metade dos jovens brasileiros conclui essa etapa do ensino na idade esperada (até os 19 anos). Outro dia, quando concedi uma entrevista ao programa de Chiquinho Negrão, na TV Independência, onde o tema era educação, ele questionou sobre a situação do aluno do ensino médio. Um ser humano numa idade complicada, passando por transformações identitárias e hormonais a cada segundo. Confesso que não me lembro completamente da resposta, mas com certeza, foi confusa. Na escrita, onde tenho um pouco mais de intimidade, acho que posso culpar tranquilamente a falta de identidade do ensino médio. Sim! O ensino médio brasileiro não sabe o que quer do seu aluno e, por isso, causa danos irreversíveis e estatísticas que fazem Dilma, Mercadante e todos mais sentarem na calçada e chorarem. Primeiro, porque o aluno é emparedado a uma avalanche de conteúdos, muitos de serventia duvidosa para qualquer coisa. Segundo, porque nem o governo, nem as escolas, nem os gestores, conseguem identificar se o alunado deve ser preparado para o vestibular ou para o mercado de trabalho. Como muitos não têm condições de pagar uma universidade particular ou custear as despesas oriundas do ensino público – sim, elas existem e são grandes – vários adolescentes abandonam a escola para reforçar a renda mensal familiar. Resultado: não estudam mais e não têm uma profissão especialista, ou seja, invariavelmente, esse ser humano vai ter que passar bons anos aprendendo a murro algum ofício. Não há um ranking sequer no Brasil que assinale para um fator positivo do Ensino Médio. O próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) revela o fracasso que é esta fase na rede pública e, em alguns casos, até na privada. Em 2010, nenhuma escola estadual ou municipal apareceu entre as 100 primeiras com as melhores notas. As 13 escolas públicas que aparecem no universo das 100 melhores são colégios de aplicação de universidades, militares, escolas federais e técnicas. Para tentar atenuar esse quadro de pouco caso com a educação, o MEC reforça agora o Programa Ensino Médio Inovador – criado em 2009 – e que, grosso modo, reformula o ensino médio. Como otimista que sou, já disse, vamos ver se o programa agora deslancha e consegue desatar o grande nó da educação pública do país: o ensino médio. Mas não se pode esquecer que o ensino médio é só o gargalo. O ‘pula lá que vai’ do ensino fundamental é a causa-raiz desse problema e também deve ser tratado. De pronto, posso afirmar que o Promei não pensou nisso, mesmo assim, rezemos pra que dê certo. Artigo publicado originalmente no jornal Folha da Manhã, em 02/06/2012

sábado, 21 de abril de 2012

Mural dos Inimigos da Educação

Você, professor, aluno, cidadão de qualquer credo ou classe, pode colocar a foto do seu prefeito numa iniciativa interessante: o “Mural dos Inimigos da Educação”. Criado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), o projeto visa estampar no site da entidade (www.cnte.org.br) o nome, o partido e a foto de todos os prefeitos que não pagam o piso salarial exigido pela classe. Na verdade, para figurar lá, basta que o prefeito da sua cidade não cumpra na íntegra a Lei Federal nº 11.738, do Piso Salarial Nacional. A legislação garante ao docente receber um piso inicial fixado em lei federal e contar com 1/3 de hora atividade para o planejamento de aulas. Ou seja, se é contratado para trabalhar 40 horas, pelo menos 12 devem ser dedicadas a preparação de uma boa aula. Em termos numéricos, o que determina a lei é que um professor não pode receber menos do que R$ 1.451 por mês. E é só isso mesmo que os professores da rede pública pedem: cumprimento da lei. Não só a salarial, que afeta diretamente a dignidade do professor, mas também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que melhorou muito as escolas brasileiras, mas só no papel – fazendo nos crer que nosso emaranhado de leis é cada vez mais ineficiente, nefasto e lúdico. Numa época em que somos obrigados a presenciar uma greve numa das escolas de Passos, ocasionada por excesso de violência do alunado, isso só nos faz crer o quão é importante o papel do professor na educação brasileira. E se o professor tem sob seus ombros tanta importância, nada mais justo do que ele receber (bem) por isso. Não sou professor da rede pública estadual ou municipal, mas sei o quanto esses colegas sofrem com a falta de condições mínimas de trabalho e respeito, pois fui aluno de ambas as redes por 14 anos. É por isso que escrevo aqui, em solidariedade a nossa classe, que muda de nível, mas não muda de comprometimento e coleguismo. E saibam senhores gestores: se vocês descumprem a lei, podem até não figurar no mural da CNTE, mas estão na mente desses profissionais que tem a dura missão de fazer do Brasil um país melhor e muito mais digno de se viver. Para 2012 as entidades de defesa do professorado já lutam pela implantação de um Piso Salarial Profissional Nacional de R$ 1.937,26 para o início de carreira. Mesmo diferente do que manda a lei, não é pedir demais que o responsável pela construção do país tenha um salário onde lhe é possível pagar um financiamento de um imóvel, adquirir um veículo e custear suas despesas mínimas, como um plano de saúde, alimentação e o que mais constar no pé da pirâmide de Maslow. Na verdade, num país onde um senador da República diz que não sabe como um “vossa excelência” consegue viver com apenas R$ 20 mil por mês, não é de se estranhar essa falta de consideração. Priorizem, reflitam, gerenciem a educação com políticas de valorização profissional de verdade, que não concedam esmolas e penduricalhos na remuneração, mas sim, dignidade para o professorado, seja em que esfera for. E tenho dito! FIRMINO JÚNIOR é professor da FESP e do IF Sul de Minas Artigo originalmente publicado no jornal Folha da Manhã do dia 21/04 em Passos - MG

terça-feira, 10 de abril de 2012

Nadando no dinheiro: R$ 250 mil a mais na conta


Como você já deve saber, todos os meses as cidades recebem o que o governo chamou de "Transferências Constitucionais Federais". Elas englobam um pacote de fontes de recursos que servem para que as prefeituas de todo o país possam subsidiar a "qualidade de vida" de seus moradores. Entre as siglas do pacote estão a FPM (principal e que varia de acordo com a população), o Fundeb (verba da educação), a Cide (Gasolina), o ITR (Transferências rurais) e a Lei Complementar 87/1996, entre outros.

Na região o impacto tem sido bem positivo, pois o valor tem sido crescente a cada ano. Selecionamos três cidades de porte diferente para que você possa acompanhar o crescimento.

Em Bambuí, por exemplo, em relação a 2011 o crescimento trimestral foi de quase R$ 250 mil. Isso, porque a continha já não era pequena, uma vez que no primeiro trimestre de 2011 a cidade havia recebido R$ 3.265.347,96. No mesmo período deste ano foram R$ 3.502.565,88.

Em Arcos, enquanto apenas no primeiro trimestre de 2011 foram arrecadados R$ 4.915.287,76, em 2012 a conta passou da casa dos R$ 5 milhões e chegou a R$ 5.447.334,15. Um aumento de mais de meio milhão de reais.

Em Córrego Danta, uma cidade com menos habitantes, o aumento foi de quase R$ 100 mil no trimestre, já que pulou de R$ 1.323.223,41 para R$ 1.426.490,95.

Para saber o valor da sua cidade, CLIQUE AQUI.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O futuro da EaD


Na nossa série de artigos sobre educação, desta vez, não por acaso, a temática escolhida é Educação à Distância, uma modalidade de ensino tão crescente quanto prostituída no mercado educacional brasileiro. Uma verdadeira fábrica de se fazer dinheiro em curto prazo.

Antes de discorrer sobre o assunto, quero deixar claro que sou extremamente a favor da EaD. Trata-se de uma alternativa importante para pessoas que não podem/querem se sentar num banco de faculdade durante quatro ou cinco anos. Para muitos, é a única saída para ter acesso a educação, já que os custos deste formato também são bem menores. Um curso de graduação em EaD pode custar pouco mais do que R$ 200, o que num modelo presencial passaria fácil dos R$ 700.

É preciso se pensar no público! É, e vai continuar sendo, baixa a procura por graduações na modalidade EaD para aquele aluno tradicional, que acaba de terminar o ensino médio. Muitas vezes os pais não querem que ele faça este tipo de curso, ou o próprio aluno encantado com a entrada na universidade, não quer nem a poder de reza braba fazê-lo. O único atrativo é o computador e, portanto, a EaD não coloca em risco as universidades tradicionais, como se tem anunciado pela mídia sensacionalista.

Uma preocupação que sinceramente me chama a atenção é a qualidade desses cursos. Vale ponderar que o aluno que se forma na modalidade não presencial tem um diploma igualzinho ao do presencial. Na prática, se o aluno não contar que fez a distância, ninguém fica sabendo. Também por isso, um não pode ter mais ou menos qualidade e exigência do que o outro. Não pode haver brechas em nenhum estágio educacional e o sistema ofertado tem que ser eficiente e inteligente para evitar que o aluno falte com a verdade. “Fica fácil pedir alguém pra fazer os trabalhos”, disse-me um amigo uma vez, como se no presencial não fosse a mesma coisa. Sempre o que está em xeque é a idoneidade do discente e não do formato do curso.

Tive a experiência de ser tutor de um curso a distância de pós-graduação da Universidade Federal de Viçosa, a UFV, por quase dois anos. A experiência foi muito positiva. O sistema trabalha com interação e dialoga com o aluno, evitando o descompromisso e favorecendo o aprendizado contínuo. Sem aquelas cobranças exageradas de conteúdo inútil, mas sempre reforçando a importância da pontualidade, do segmento de cronogramas e de algumas etapas presenciais, para apresentação de trabalhos e conclusão de certas atividades.

Fato é que o futuro da nossa educação também passa pela modalidade a distância. É o computador se entranhando por mais essa esfera da vida cotidiana, que com certeza, favorece o acesso e oferta facilidades. Talvez o grande mérito da EaD hoje seja os vários pais de família que não puderam estudar na época certa e agora estão estudando pelo computador, garantindo assim mais aprendizado pessoal, melhorando o salário do lar e tendo mais condições de acompanhar os filhos na vida escolar.

De todas as premissas elencadas na série a Educação do Futuro, o Ensino à Distância, com certeza, deve ser o do futuro mais próximo. Já somos milhões de brasileiros aprendendo por vídeo-aulas, fóruns e chats. Já somos milhões de brasileiros que podem fazer um curso de aperfeiçoamento, graduação ou especialização pela máquina do século. Já somos uma grande massa, ávida por educação, que ainda precisa se aperfeiçoar, mas que, com a vida corrida, tem se mostrado uma profícua alternativa.

FIRMINO JÚNIOR é professor da FESP e do IF Sul de Minas

Artigo originalmente publicado no jornal Folha da Manhã, de Passos - MG, no dia 04 de abril de 2012.

sábado, 24 de março de 2012

10% do PIB para a educação


Artigo originalmente publicado no diário Folha da Manhã em 24/03/2012, de Passos - MG.

Dando continuidade à série de medidas sugestivas para melhorias no ensino brasileiro, hoje trataremos de um tema que muito se houve falar, mas na prática, pouco se entende o que isso quer dizer: a aplicação imediata de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional no segmento da educação pública.

É importante saber que essa conversa toda nasceu em 1997, com uma proposta da sociedade brasileira – um compromisso – que criou o Plano Nacional da Educação (PNE). A partir de um diagnóstico sério da realidade educacional, o projeto indicou metas em todos os níveis da educação que culminassem na universalização dos direitos de todos à educação. A conta era clara: apenas com uma aplicação de 10% do PIB, seria possível atingirmos uma educação de qualidade.

Na prática, o que aconteceu foi que o Congresso Nacional daquele ano aprovou um percentual 3% menor do que a meta. A proposta chegou à mesa do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que vetou a proposta baixando-a para 5%. O veto foi mantido pelo presidente Lula durante os oito anos em que comandou o Brasil e a consequência de tudo isso é que hoje, passados quase 15 anos (um debut), a proposta do governo para o novo PNE em debate no Congresso Nacional define a meta de 7% do PIB para a Educação em... 2020!

A educação não é só um direito fundamental, mas é premissa para qualquer país, estado ou município que quer crescer. Isso sem contar que todas as áreas ganham com os investimentos feitos na educação, como por exemplo, a segurança pública e até a saúde. Logo, investir na educação é economizar em todos os setores da governança. A constituinte desse Brasilzão fez questão de resguardar: “direito de todos e dever do Estado”. Mais uma vez nossa Carta Magna se vê limitada a previsões que não se cumprem nunca.

E você sabe qual é a pior consequência da falta de zelo com o dinheiro da educação? Somos hoje uma população de 45 milhões de analfabetos totais e funcionais, de acordo com dados do próprio IBGE de 2009. Isso representa cerca de 20% da população que, ou nada escreve, ou então não entende o que leu. Isso mesmo, cerca de um quarto dos nossos irmãos brasileiros estão alijados de escolarização mínima.

Não podemos mais ficar quietos. Criticar é agir! O argumento de que os recursos não são suficientes é esfarrapado ao pé da letra. Como diz o manifesto que defende o PIB de 10%: “O pagamento da dívida pública, as isenções fiscais para o setor empresarial, o recurso público usado para a copa e as olimpíadas, o dinheiro público que se perde na corrupção... Há verba, é preciso reverter às prioridades, garantindo o investimento público na implementação dos direitos sociais universais”.

O pior de tudo é saber que a classe mais afetada é justamente a dos trabalhadores do campo e da cidade, notadamente os segmentos mais explorados da sociedade brasileira. As escolas públicas estão sucateadas, sem capacidade de investimento, sem condições mínimas para que o professor lecione com dignidade. As grandes universidades públicas não estão numa situação tão confortável, o arrocho já tem chegado até elas. Com isso, cada dia mais, o aluno que tem condição ou conseguiu algum tipo de financiamento, tem optado por escolas particulares.

É essa educação do futuro que queremos para o nosso Brasil? Com 10% ou 7% de investimentos sérios em programas que fortaleçam a cidadania? É como eu sempre digo: o Brasil só vai ser um país sério no dia em que conseguir enxergar que a solução de todos os seus problemas é uma educação de qualidade. Tudo depende da nossa indignação.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Blog completa 10.000 acessos

Entre idas e vindas, nosso blog completou às 23:49 da noite de 19 de março seu acesso número 10.000. É uma prova de que a comunicação alternativa também tem audiência - e bastante segmentada.

Agradeço a cada visita, que só faz nos estimular a continuar com um trabalho de formiguinha, mas que com certeza, ao trazer a tona algumas informações, transforma realidades.

MUITOOOOOOO OBRIGADOOOOOOOO


Firmino Júnior

Sabe quanto sua cidade arrecadou de IPVA neste ano?


Dados parciais do site oficial do Governo do Estado de Minas Gerais (www.mg.gov.br) revelam que mesmo sem contabilizar a terceira parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), as prefeituras de todo o Estado já fizeram um caixinha bem gordo. Para saber o da sua cidade CLIQUE AQUI.

Em Bambuí, cidade de cerca de 25 mil habitantes, por exemplo - a cifra que correspondente aos veículos da cidade já chega a quase R$ 2 milhões. Foram R$ 1.442.983,50 em janeiro e mais R$ 437.685,20 em fevereiro. Contando que boa parte dos brasileiros parcela ou atrasa o tributo, ainda há uma boa grana pra cair nos cofres das Prefeituras.

O IPVA é um tributo da espécie imposto, de competência estadual e distrital, destinando-se cinquenta por cento do produto de sua arrecadação aos Municípios com base no licenciamento dos veículos em cada território.

As vinculações constitucionais são genéricas, ou seja, referem-se ao total dos impostos, pois eles que não podem vincular-se especificamente a nenhum órgão, fundo ou despesa.

Por se tratar de uma fonte inespecífica de recursos, o produto da arrecadação do IPVA se destina ao financiamento das ações de cada Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, segundo as dotações que constarem, a cada ano, das respectivas leis orçamentárias.

Infelizmente, ao contrário do que muita gente pensa, o dinheiro do IPVA não precisa ser aplicado em vias públicas, como diz um relatório da própria Câmara Federal CLIQUE AQUI.

Infelizmente, talvez seja essa a causa da quantidade excessiva dos buracos na maior parte das cidades: a falta de vinculação do tributo. Um caos! Um absurdo para quem tem um carro popular e ter que pagar R$ 1.000 de imposto, ou mais de R$ 3,00 por dia.

Como diria um amigo: "Que saudades de quando Portugal tributava no Brasil"... Na verdade, a Coroa cobrava o "Quinto" de tudo que era arrecadado, hoje em dia, com certeza, são dois ou três quintos.

As informações técnicas foram tiradas do site da Câmara Federal, a partir de um relatório do consultor Roberto Bocaccio Piscitelli.

sábado, 17 de março de 2012

Firjan divulga índice de qualidade de gestão dos municípios


Pesquisa diz que Bambuí tem “Gestão em Dificuldade”

Para saber o índice de sua cidade CLIQUE AQUI.

Em sua primeira edição e com periodicidade anual, o IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) traz dados de 2010 e informações comparativas com os anos de 2006 até 2009. O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional.

O indicador considera cinco quesitos: IFGF Receita Própria, referente à capacidade de arrecadação de cada município; IFGF Gasto com Pessoal, que representa quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal, medindo o grau de rigidez do orçamento; IFGF Liquidez, responsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte; IFGF Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à receita líquida, e, por último, o IFGF Custo da Dívida, que avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores.

O índice varia entre 0 e 1, quanto maior, melhor é a gestão fiscal do município. Cada município é classificado com conceitos A (Gestão de Excelência, acima de 0,8001 pontos), B (Boa Gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,4001 e 0,6) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 pontos).

Com 0,4946 pontos no índice geral, Bambuí está abaixo até da média nacional, que é de 0,5321. O resultado mais crítico da cidade está no índice Liquidez. Na prática, o empresário que fornece para a Prefeitura de Bambuí já conhecia bem esta realidade antes da pesquisa. No IFGF Liquidez, responsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte, a nota de Bambuí foi pífia: 0,0184 pontos. Isso significa dizer que a Prefeitura encerrou o ano com mais restos a pagar do que recursos em caixa, ou seja, virou 2010 no vermelho.

Por outro lado, no quesito Investimentos a cidade atingiu a pontuação máxima: 1. O IFGF Investimentos é o indicador que acompanha o total de investimentos em relação à receita corrente líquida, ou seja, promoção do bem-estar da população, iluminação pública de qualidade, transporte eficiente, escolas e hospitais bem equipados.

O índice também serviu para mostrar como é preciso que seja feito um concurso público em caráter de urgência. No IFGF Gasto com Pessoal, que representa quanto os municípios gastam com pagamento do quadro de funcionários, Bambuí teve apenas 0,4342 pontos.

Aumentam vagas de emprego na região


Arcos e formiga seguiram uma tendência nacional de geração de empregos. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (na região, essas são as duas cidades consideradas pela pesquisa) mostram que em Formiga, de janeiro até agora, foram criados 197 novos postos, sendo 144 apenas neste mês. No município de Arcos são 220, mas neste mês o aumento foi de apenas 21 novas contratações com carteira assinada.

A constante e nem tão equilibrada evolução de postos de trabalho com carteira assinada são o reflexo de um país um pouco mais justo. Recordo-me quando há pouco tempo os empresários conseguiam convencer os empregados que era positivo contratar sem registrar, já que não teriam descontos – um verdadeiro absurdo e uma afronta aos direitos humanos. Com todos os problemas que tem, o INSS é o único garantidor de uma velhice mais tranquila. Aperfeiçoamentos precisam ser feitos sempre e a contribuição precisa estar mais equânime com a devolução.

Os dados também demonstram um aspecto muito positivo. Dos 150.600 postos de trabalho abertos no mês de fevereiro, 81.801 foram preenchidos por homens e 68.799 por mulheres. Cada vez mais a mão de obra feminina tem emprestado sua força para a nação e, não é de se estranhar, porque o Brasil cresceu tanto. O trabalho feminino é fundamental, já que tem precisão e um carinho inigualável no trato com as coisas.

Nacional
Em fevereiro foram criados no Brasil 150.600 postos de trabalho com registro em carteira, alta de 0,40% em relação ao estoque do mês anterior, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (16) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Trata-se do quinto maior resultado da série, sendo superior ao mês de janeiro, ocasião em que foram abertas 118.895 vagas.

"O Brasil continua gerando empregos. Estamos mantendo um ritmo de expansão gradual, mas o importante é que, a cada mês, aumentamos a inserção de trabalhadores no mercado de trabalho”, afirmou o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, que substitui o pedetista Carlos Lupi, derrubado recentemente do Governo Dilma pelos desmandos de uma imprensa golpista e tendenciosa.

No acumulado do ano, o emprego cresceu 0,78%, representando um acréscimo de 293.987 postos de trabalho. Nos últimos doze meses, houve aumento de 1.724.817 postos de trabalho, equivalentes a expansão de 4,73% no número de empregos celetistas no país. Entre os meses de janeiro de 2011 a fevereiro de 2012, foram abertos mais 2,2 milhões de postos de trabalho, crescimento de 6,33% sobre o estoque de dezembro de 2010.

“O emprego continua com crescimento substancial, afinal, são mais de 150 mil vagas num mês em que tivemos poucos dias úteis, além de um cenário mundial adverso”, avalia o diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego, Rodolfo Torelly.

Em fevereiro, houve crescimento do emprego na maior parte dos setores, com destaque – em termos absolutos - para a Indústria da Transformação, que criou quase 20 mil vagas, a terceira maior geração de empregos em fevereiro dentre os oito setores de atividade econômica. O setor de Serviços abriu 93.170 postos (+0,60%), registrando o segundo melhor desempenho; a Construção Civil, 27.811 postos (+0,95%) e Administração Pública, 14.694 postos (+ 1,84%), o terceiro maior saldo para o mês. Por outro lado, os dois setores com queda no emprego foram o Comércio (-6.645 postos; -0,08%) e a Agricultura (-425 postos; -0,03%).

Em termos geográficos, houve aumento de emprego em quase todas as grandes regiões. A exceção ficou por conta da região Nordeste que, por motivos sazonais, ligados às atividades sucroalcooleiros, apresentou queda de 9.610 postos (-0,16%). Em números absolutos, a região Sudeste abriu 93.266 postos (+0,45%); Sul, 39.522 postos (+0,57%); Centro-Oeste, 23.457 postos *+0,82%); e Norte, 3.965 postos (+0,23%).

Por Unidades da Federação, vinte elevaram o nível de emprego, com duas delas sinalizando o segundo melhor desempenho, e duas o terceiro melhor saldo, contrapondo-se a sete que apresentaram queda. Os destaques positivos foram: São Paulo, com 55.754 postos (+0,46%); Minas Gerais, com 21.031 postos (+0,52%); Rio de Janeiro, com 16.071 postos (+0,45%), o segundo melhor saldo para o mês); Santa Catarina, com 15.719 postos (+0,84%); e Paraná, com 14.075 postos (+0,56%).

No conjunto das nove áreas Metropolitanas, o emprego registrou alta de 0,36% (+56.520 postos) em fevereiro. Este resultado foi impulsionado pela elevação do emprego em sete das nove regiões metropolitanas. As Áreas Metropolitanas que mais se destacaram foram: São Paulo (+21.548 postos; +0,33%), Rio de Janeiro (+13.528 postos; +0,50%) e Belo Horizonte (+8.739 postos; +0,55%.

No Interior desses aglomerados urbanos, o aumento no emprego foi de 0,36% (+56.520 postos de trabalho). Os Interiores dos estados desses aglomerados urbanos que mais geraram emprego foram: São Paulo (+34.206 postos; +0,60%), Minas Gerais (+12.292 postos; +0,50%) e Paraná (+9.000 postos; +0,60%).

sexta-feira, 16 de março de 2012

A Justiça tarda...

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acaba de decidir: propaganda eleitoral no Twitter só quando as eleições começarem. Os candidatos a cargos eletivos não podem usar o microblog para se autopromover ou pedir votos antes do período de propaganda permitido por lei. Os ministros entenderam que o Twitter é um meio de difusão de massa e que, assim como ocorre no rádio e na TV, a propaganda só deve ser autorizada a partir do dia 6 de julho do ano eleitoral.

E como se diz por aí, a Justiça tarda... e tarda muito... A decisão ocorreu a partir da análise do recurso do ex-candidato à vice-presidência da República Índio da Costa, que disputou o cargo na chapa de José Serra (PSDB) em 2010. O Ministério Público Eleitoral acionou o TSE para contestar quatro mensagens em que o político pedia votos para Serra. As mensagens foram postadas no microblog no dia 4 de julho, dois dias antes do período de propaganda permitido por lei. Índio da Costa era seguido por 40 mil pessoas.


Como assim? Esperaram o Twitter perder a audiência para proibir...?Santa Paciência... Provavelmente o TSE é o único a achar que o Twitter é um meio de massa, pois hoje em dia, o predomínio já é do Facebook, onde, diga-se de passagem, os candidatinhos podem e devem usar e abusar... Mais uma prova da morosidade da Justiça. E atenção hein: para as próximas eleições, quem pedir voto no ORKUT também será punido.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Um mínimo miserável


A maior das vergonhas nacionais brasileiras é de longe o salário mínimo imposto pelo Governo Federal. Os míseros R$ 622 não compram nem o básico de uma cesta básica. Um absurdo! Uma vergonha! Insensatez de quem propõe e de quem vota essa merreca.

Ah, e não venha você com o discurso capitalista de que o mínimo é para uma pessoa sozinha e que, de fato, ele não foi feito para sustentar uma família inteira. Isso é retórica centro-direita, blá-blá-blá, mero engodo para convencer o trabalhador de que a culpa de ele ganhar pouco é dele e não um problema de política pública.

O primeiro salário mínimo da fase Real e que, sinceramente minha idade permite lembrar, foi de grosseiros R$ 70. Lembro como se fosse hoje do presidente FHC falar que o “sonho tucano” era elevar esse valor para o equivalente a cem dólares. Hoje é mais, mas é menos.

Cinco quilos de arroz médio chinfrim já chegam a R$ 10; se a família gasta um fardo, só de arroz é 10% do salário mínimo. Sem falar em água, luz, telefone, internet e mais esse monte de coisa que a legitimidade capitalista enfiou no rol de necessidades básicas de sobrevivência contemporânea.

É bem provável que você já tenha visto no “imbróglio eleitoral gratuito” partidos de esquerda que sugerem um salário mínimo de R$ 1.500, R$ 2 mil e até R$ 2.500. Não ria deles, eles é que têm toda a razão. Um país só se desenvolve com distribuição de renda e o salário mínimo deve ser o primeiro grande passo para isso. Não é justo criticar também as Bolsas Famílias, que honestamente, fazem o papel humano de dividir riquezas nacionais. Isso é justo! Eu concordo! E devia ser ainda mais amplo.

Noutro dia li na Revista Exame que o novo mínimo de R$ 622 – que antes eram famigerados R$ 545 – injetaram uma Bolívia na economia do Brasil. Dizia a publicação: “A elevação de 77 reais no salário mínimo pago ao trabalhador brasileiro, que passou de 545 reais para 622 reais e que entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano, vai beneficiar mais de 66 milhões de pessoas e injetar na economia até 63,98 bilhões de reais no decorrer de 2012. Para se ter uma ideia, a cifra é superior ao PIB da Bolívia (35,17 bilhões de reais) ou do Paraguai (32,81 bilhões de reais), em 2010”.

Ora bolas, o tom comemorativo dado pela revista é tão infeliz quanto a própria publicação. A Bolívia, país do índio Evo Morales, tem uma população urbana de apenas 66%, uma taxa de fecundidade de quase cinco filhos por mulher, uma expectativa de 66 anos e uma mortalidade infantil de 56 mil nascidos vivos. O IDH daquelas terras é o 95º. Tá vendo como a comparação é burra? Enfiaram no Brasil um paralelo com um país miserável, pequeno, insignificante no cenário internacional se não fosse pelo gás. E ainda tem quem aplauda a invasão boliviana na economia brasileira. Grande coisa cara pálida!

Não sou jurista, nem pretendo ser, mas nossa Constituição é um tanto clara ao afirmar que o salário mínimo deve conseguir custear todas as necessidades básicas, ou seja, saúde, educação, segurança, lazer e alimentação. Por isso, se for para manter este salário mínimo que aí está, sugiro: rasguem nossa Carta Magna e deixem de hipocrisia.

Artigo publicado originalmente no diário Folha da Manhã (Passos/MG)

Pra que serve o jornal impresso?


Possivelmente este título-pergunta não seja inédito, nem nesta Polha e nem em lugar nenhum. Fato é que a serventia do jornal impresso é questionada ao longo da própria história dele – normalmente, ou tem cunho defensivo ou de deboche. Aqui nossa reflexão pretende ser outra. Na real, pra que serve o jornal impresso?

Perguntando ao meu açougueiro favorito – aquele que separa a picanha especial para o domingo – garantiu que o jornal para ele é peça fundamental. Segundo o fatiador de epidermes, algumas carnes menos nobres, e até aquelas que são jogadas para os cachorros nas ruas, são enroladas nos periódicos. Lembro-me que até pouco tempo, num lugarejo onde não existia Vigilância Sanitária, toda a carne era empacotada assim, sem redemoinhos. O comprador ia embora saralepiando com aquilo debaixo do braço.

Ele até me mostrou um pacotão de jornais, comprados no quilo ‘por que sai mais em conta’. Na condição de jornalista inalterável defensor dos impressos, confesso que fiquei chocado com as letrinhas entremeadas de sangue e gordura bovina. Pensava no esforço da moça que escreveu aquela matéria denunciativa, renegada no açougue a um mero envoltório de patas suínas.

Outra inegável serventia do jornal impresso detectei no lavador de carros. Senhor Manoel é daqueles tradicionais profissionais, com galochas de borracha e tudo. Conversando com ele, afirmou sem negativas que o jornal impresso é profundo ajudante naquele trabalho cansativo. “Tem duas serventias”, explicou-me.

E completou a reflexão: “Aquele de páginas menorzinhas, que custa 50 centavos na banca, eu uso para passar nos vidros. Não há nada melhor para limpar, porque não deixa plumas, comuns nos tecidos. O maiorzinho, das páginas grandonas, a gente usa para cobrir os tapetes, assim demora mais para sujar e o cliente fica satisfeito”, concluiu.

Assim como no açougue, uma pilha piramidal de jornais estava assentada no cantinho do lavador. Lá e alhures, fiquei pensando como seria para o jornalista que tomou um processo por sua coragem, ver a mesma mensagem pisoteada por um pé sujo e cheio de calos, sem contar as frieiras e outras dessas doenças que aparecem por falta de higiene nos pés.

E foi na loja de pratos, copos e utensílios domésticos que encontrei mais uma utilidade para o produto final de nossa profissão. Um vendedor qualquer me disse que os aprendizes – que tem de 16 a 18 anos – usam este papel, o mais ideal para o caso, para separar um prato do outro ou então enrolar os copos. Sem saber da minha condição já extasiada com a procura, declarou sem pudores que “o copo não quebra de jeito nenhum” e que “não há coisa melhor para separar pratos” do que o jornal impresso.

E vamos seguindo a vida. Quem escolhe trabalhar com jornal impresso deve necessariamente aprender a conviver com essas condições. Sempre tem aquele que compra o jornal só por causa dos pequenos anúncios, já que faz bons negócios. E aquele que faz uma assinatura ávido pelo horóscopo diário ou por causa das cruzadinhas. Quantas vezes presenteei alguém com um jornal e a pessoa foi direto no resumo das novelas ou no espaço dedicado para as piadas? Perdi as contas.

Não adianta discutir. O jornalista de impresso – normalmente um sujeito enveredado de ideologias e preocupações textuais e conteudistas – tem necessariamente que aprender a conviver com esta realidade.

Jornal impresso discute, debate, enfrenta. Jornal impresso questiona, informa, manda e desmanda. Mas jornal impresso também embrulha carne de segunda, copo de vidro barato e serve de instrumento para o entretenimento. É a vida!

No extinto Correio Paulistano, Olavo Bilac publicou que “não nos faltam jornalistas, faltam leitores” (14\02\1907). Hoje, podemos adaptar: não nos faltam jornais, mas os leitores continuam extintos (25\02\2012).

Artigo originalmente publicado no jornal Folha da Manhã - Passos (MG)

A educação do futuro I


Pensar a educação que teremos daqui há dois, três, dez ou vinte anos é obrigação de qualquer educador. Por isso, utilizaremos este espaço nesta e nas próximas três edições para tratar de uma série de aspectos ligados ao ensino que deveremos prover para os próximos anos.

Algumas posturas serão polêmicas (porque tem que ser), mas com certeza, servirão para que cada gestor da educação repense seu papel diante dos alunos. Hoje trataremos de dois assuntos que estão na crista da onda de qualquer instituição de ensino: “aprendizado ao longo da vida” e “seleção do alunado”.

O lifelong learning – ou aprendizado ao longo da vida – remonta a uma ideia que muitas vezes faz sentido apenas na teoria. Já ouvi vários professores criticarem essa forma de ensino, como sendo utópica e exagerada.

Deixando os preconceitos de lado, o que esse conceito deve nortear é o fato de que a preocupação do educador deve ser com o ensinar a pensar e não com a mera transmissão de conhecimentos e habilidades práticas do cotidiano – e isso vale para os mais empíricos dos cursos, como as engenharias, técnicos em diversas áreas e especializações afins.

A estagnação dos saberes deixa o Brasil sem saber o que fazer com tanto progresso. Temos matéria-prima, temos postos de trabalho, mas não somos detentores ainda do principal: o conhecimento. Temos formado muitos instrumentalistas e poucos pensadores; sujeitos que sabem por que a maçã caiu na cabeça de Newton, mas não fazem a menor ideia do que vai acontecer com as coisas que vão cair na cabeça dele.

Este assunto remete também a estrutura do aprendizado. O formato de cursos de quatro a cinco anos e basicamente em salas de aula – que foi difundido pelas universidades públicas mais antigas – deve mudar ao longo do tempo. Períodos menores, ensino mais eficiente e mais concentrado, com uma grade multidisciplinar que forme o aluno para a vida em família, em sociedade e na profissão. Estamos obrigatoriamente cada vez mais perto desse sonho.

Outro aspecto importante que nunca deve ser esquecido é a garantia do aprendizado. Um exemplo atual é o da Universidade do Sul da Flórida que garante aos alunos de engenharia que se não conseguirem emprego, eles podem voltar à faculdade e adquirem competências que não conseguiram durante o curso. Na prática, se o egresso sente que faltou matemática na vida dele, gratuitamente ele pode apreendê-la a qualquer tempo e de graça.

Com o passar dos anos, com certeza, a maior ação de marketing das instituições de ensino serão os próprios alunos brilhantes. Nada de atores famosos e prodigiosos que sequer têm curso superior estampando os cartazes, mas sim, aqueles que tiveram conquistas objetivas, como sua ascensão em programas de Mestrado, Doutorado ou com empregos que saltam às vistas.

Os dois aspectos elencados hoje remontam ainda a ideia quase natural de que as faculdades precisam viver o mundo “real”. Por muitos anos, e sobretudo as instituições públicas e as privadas mais tradicionalistas, viveram uma epopéia de que eram intocáveis. Balela!

A educação precisa ser construída de forma a fomentar o crescimento individual na coletividade, gerando ações e expectativas que causem nos alunos uma função social, pragmática e devastadora no sentido de uma mudança de perspectivas.


Artigo originalmente publicado no jornal Folha da Manhã, em Passos (MG)